23/07/2025
A acessibilidade digital é a prática de tornar websites, lojas online, aplicações e outros conteúdos digitais acessíveis a todas as pessoas - com a inclusão de utilizadores com deficiências visuais, auditivas, motoras ou cognitivas.
Na prática, isto significa garantir que:
Segundo dados do Observatório Português da Acessibilidade Digital:
A acessibilidade digital não é apenas uma questão legal — é uma necessidade real para milhões de utilizadores.
Desde 28 de junho de 2025, estrou em vigor o European Accessibility Act Diretiva 2019/882, que torna obrigatória a acessibilidade digital em diversos setores privados — além dos organismos públicos.
Segundo a AETICE Associação das Empresas de Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica, a legislação aplica-se a:
Em Portugal, a AMA – Agência para a Modernização Administrativa acompanha a implementação da lei, com base nas WCAG – Web Content Accessibility Guidelines, padrão internacional de referência.
Nível A (mínimo): o site cumpre os requisitos básicos de acessibilidade. Exemplo: todas as imagens têm texto alternativo.
Nível AA (intermédio): o site é acessível para a maioria das pessoas, nomeadamente utilizadores com deficiências mais comuns. Este é o nível exigido por lei na maioria dos casos.
Nível AAA (avançado): o site cumpre os requisitos mais exigentes de acessibilidade. Raramente é exigido por lei, mas pode ser uma mais-valia para setores específicos (ex.: saúde, educação).
Em Portugal, a legislação obriga ao cumprimento do nível AA, tanto no setor público como nas entidades abrangidas pela diretiva.
Ignorar a acessibilidade digital pode trazer consequências legais e reputacionais, como:
Como alerta a Meios & Publicidade, muitas empresas ainda não estão preparadas — e isso pode afetar a reputação e o desempenho digital.
A Jerónimo Martins é um exemplo positivo. A empresa foi recentemente distinguida pela sua política de acessibilidade digital, o que revela que grandes marcas já estão a adaptar-se à nova realidade.
Mesmo que a lei não se aplicasse, as vantagens da acessibilidade digital são significativas:
Sites acessíveis são mais rápidos, organizados e intuitivos.
Cerca de 15% da população mundial tem alguma forma de deficiência. Ignorar este público é excluir potenciais clientes.
Sites acessíveis seguem práticas que melhoram a indexação nos motores de pesquisa. Saiba como otimizar o seu site para SEO
Empresas inclusivas ganham confiança do público e dos parceiros.
Se quer saber como validar práticas de acessibilidade digital, estas ferramentas são essenciais para identificar pontos de correção:
WAVE – Avaliação visual de erros numa página;
Google Lighthouse – Auditoria técnica de desempenho e acessibilidade;
axe DevTools – Extensão útil para developers;
SiteImprove – Ideal para grandes portais com gestão contínua;
Leitores de ecrã – NVDA (Windows), VoiceOver (Apple), TalkBack (Android).
Melhorar a acessibilidade é um processo contínuo, mas pode (e deve) ser iniciado por etapas:
Recomenda-se uma auditoria de acessibilidade digital com base nas WCAG 2.1 (ou superior), para priorizar correções e planear melhorias estruturadas.
Na Webincode, ajudamos empresas a adaptar os seus canais digitais às novas exigências legais — e a melhorar a experiência dos seus utilizadores.
Em suma desde 2025, a acessibilidade digital é uma obrigação legal para muitas empresas - mas também uma oportunidade para liderar pelo exemplo, melhorar a presença online e construir marcas mais inclusivas.
Adaptar o seu site, loja online ou aplicação é investir numa presença digital mais robusta, ética e preparada para um futuro mais inclusivo.